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Charadistas com História II

Charadistas com História II

            

                                                                    ODANAIR

                                                            

                 Adriano Fernandes Costeira, nasceu na cidade de Braga, em 8 de Julho de 1927, mas desde muito novo, veio residir para Guimarães, onde exerceu a sua actividade e constituíu família. Exerceu múltiplas funções, como gerente na indústria têxtil, quer no desporto enquanto Diretor de futebol, quer como Presidente do conselho de Disciplina da F.P.F de Braga, quer ainda na política, como edil da Câmara, mas sempre optou pelo charadismo, relegando tudo o resto para segundo plano.

            Iniciou a actividade de charadista em 1948 nas palavras cruzadas e só em 1950 começou na decifração de charadas através da revista “O Charadista”, orgão da Tertúlia Edípica onde se inscreveu em Agosto de 1950 como sócio Nº 174.

         A nível local em Guimarães, na secção "Tribuna Recreativa" do semanário "O Conquistador" - semanário católico e regionalista de Guimarães, fundada pelo confrade Lusbel, o confrade Odanair tornou-se seu Director desde o seu 3º número. Em Agosto de 1951, tendo ido a Lisboa por motivos profissionais, visitou então a sede da Tertúlia Edípica onde foi, já nessa altura, agraciado pelo excelente trabalho desempenhado em prol do Charadismo. Nesse mesmo ano, para além de "O Charadista", obteve as revistas “A Charada” do Porto e a revista “Charadismo e Cruzadismo”, do Rio de Janeiro, Brasil, onde, na tentativa de divulgar e promover o charadismo na cidade, foi criando grupos distintos de decifradores para cada revista. Fruto da sua dedicação e dinamismo, esses grupos foram crescendo em participantes. Posteriormente participa também nas revistas “O Enigma” de S. Paulo e "Charada Carioca", ambas do Brasil e ainda no “O Diabunlico”, do confrade Belloto. Devido à complexidade das revistas charadísticas de então, foi necessário dividir em dois grupos os charadistas locais: assim, funda em 1958 juntamente com os confrades Lusbel e Dino Avlis o NEV (Núcleo Enigmístico Vimaranense) para os Torneios e revistas nacionais e em fins dos anos 90, com Dino Avlis a RUSGA MINHOTA, para participação nas secções e revistas brasileiras.

            No decorrer dos anos, participou em muitas «festas» onde conheceu muitos charadistas e,  por via disso, criou grandes amizades, fazendo um dos seus trunfos, o adquirir de dicionários charadísticos de várias temáticas, como inversões, calepinos, extractos, etc. coleccionou dicionários e enciclopédias de todo o tipo, formando uma biblioteca de muitas centenas dos mesmos, sendo alguns bem antigos.

            Eminente Enigmista e decifrador, foi juntamente com Dino Avlis, um dos Mestres na decifração de Enigmas, pois ambos se tornaram grandes baluartes do nosso passatempo, incutindo a Arte a alguns principiantes que ainda hoje, mesmo com menos entusiasmo, se vão divertindo no charadismo. Com o desaparecimento destes dois baluartes, os charadistas vimaranenses ficaram sem dúvida mais pobres, esperando que o futuro, venha a ser mais risonho com novos principiantes charadistas.

            Muito se podia falar de Odanair, mas fica aqui resumido, um pouco da sua vida como grande Charadista que foi e que grandes saudades aqui deixou.

 

 

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